Prêmios


Prêmio Nicolas Behr de Literatura

Edital do Prêmio

PRÊMIO NICOLAS BEHR DE LITERATURA

Por sua trajetória dedicada à poesia sobre Brasília – definidora, crítica e lírica sobre a cidade. Por seu olhar instigador sobre o espaço geográfico e psicológico habitado pelo indivíduo e seus amores – Pelo discurso poético sobre os grandes temas que levam a uma reflexão existencial e transformadora do leitor. Por estar presente, natural e performaticamente, e sem restrições entre nós, como parceiro na Universidade de Brasília, sobretudo de nosso Póslit, os organizadores solicitaram licença ao poeta Nicolas Behr para batizar com seu nome o primeiro concurso literário do Póslit, veiculado para comemorar os 40 anos da criação do Programa.

Síntese biográfica

Nicolas Behr chegou a Brasília em 1974, natural de Cuiabá. Em 1977, lançou Iogurte com farinha — seu primeiro feito em mimeógrafo, com 8.000 cópias vendidas de mão em mão pelos bares e outros locais públicos da Capital Federal, tornando-se uma das principais vozes da Poesia Marginal, ao lado de Chacal e Chico Alvim. Em agosto de 1978, após ter escrito Grande circular, Caroço de goiaba e Chá com porrada, foi preso e processado pelo DOPS por “porte de material pornográfico”, sendo julgado e absolvido no ano seguinte. Entre 15 de agosto de 1978 a 30 de março de 1979, impedido de publicar por ordem judicial, escreveu poemas em telhas frescas, depois queimadas, série esta denominada O que me der na telha. Daí até 1980 publicou 10 livrinhos mimeografados. A partir desse ano passou a trabalhar como redator em agências de publicidade se engajando em movimentos ecológicos. A partir de 1993, voltou a publicar seus livros de poesia, com Porque Construí Braxília. Teve o seu perfil biográfico traçado pelo jornalista Carlos Marcelo no livro Nicolas Behr – Eu Engoli Brasília, publicado em 2004. Em 2008 seu livro “Laranja Seleta – poesia escolhida – 1977 – 2007 “ pela Língua Geral, foi finalista do Prêmio Portugal Telecom de Literatura. Em 2008 seu livro Laranja Seleta – poesia escolhida – 1977 – 2007 pela Língua Geral, foi finalista do Prêmio Portugal Telecom de Literatura. No ano seguinte a cineasta Danyella Proença dirigiu o filme Braxília, (17 minutos) um ensaio sobre a relação do poeta e sua cidade, ganhador do Prêmio Especial do Júri, no 43º. Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. A primeira dissertação de Mestrado, entre muitas agora, sobre sua obra poética, foi apresentada pela jornalista Gilda Maria Queiroz Furiati, com a orientação da Profa.Dra Elizabeth Hazin, em 2007, no Programa de Pós-graduação em Literatura- Póslit. Denominou-se Brasília na poesia de Nicolas Behr: idealização, utopia e crítica.

Nicolas acaba de lançar o livro de poemas ilustrado por Luda Lima Eu tenho unhas (2015).

‘pra que
servem as unhas?
quem pergunta
naõ sabe
o que é arranhar a própria alma’ ( p.36 )